A Rainha Catarina de Médici no Vale do Loire

2021-06-24T11:48:44-03:00

Quando decidi viajar pela primeira vez para a França, tinha certeza que passaria uns dias em contato com o ambiente em que viveu Catarina de Médici no Vale do Loire, a nobre italiana que se tornou rainha consorte da França em 1547.

Aqui trago um pouco da Rainha Catarina de Médici como personagem, em livros ou filmes, como na série Reign (disponível na Netflix).

Talvez você, como eu, também goste de saber mais sobre a ambientação de certos livros, adaptações e cenários, planejando suas viagens para tais locais.

Então, trago ainda uma sugestão de roteiro para encontrar Catarina de Médici no Vale do Loire e para você visitar os castelos e ambientes que marcaram a história da França.

E quem sabe, tudo isto te ajude a escrever seu próprio romance ou uma bela ficção histórica?

Mas antes de falarmos sobre o roteiro, se você não pode viajar à França e deseja conhecer um pouco desta intrigante rainha aqui vão algumas dicas.

A Rainha Catarina de Médici

Retrato de Catarina de Médici pintado por François Clouet

Retrato de Catarina de Médici pintado por François Clouet

A rainha que mudou a França, como diz Leonie Frieda, em seu livro dedicado a contar detalhes sobre a vida de uma das rainhas mais marcantes da história.

Nascida na Itália, órfã e única herdeira da fortuna da família, aprisionada na infância, casou-se aos 14 anos com o rei francês Henrique II.

Mas já foi chamada de Rainha Negra, Madame la Serpente entre outros nomes que a associavam a uma mulher má ou sem escrúpulos, mentora dos mais terríveis atos de violência da época, como o Massacre de São Bartolomeu.

Onde encontrar a Rainha Catarina como personagem?

Seja como for, em séries de TV, filmes ou livros a personalidade de Catarina sempre me impressionou. Inteligente, traiçoeira, astuta, capaz de cometer todas as atrocidades necessárias para manter seus filhos no poder.

Ao mesmo tempo vítima de tragédias e reveses pessoais.

Livros

Se você gosta de ler irá encontrá-la na obra de Alexandre Dumas, A Rainha Margot, com diversas edições disponíveis.

A mais recente é da Editora Amarilys, com texto integral, capa dura e tradução de Bruno Ribeiro de Lima e Lara Neves Soares.

Capa do livro A Rainha Margot, de Alexandre Dumas

Capa do livro A Rainha Margot, de Alexandre Dumas

Do mesmo modo, se busca algo mais completo e histórico, como mencionei acima, há o livro de Leonie Frieda.

A obra mostra um pouco mais da infância da futura rainha da França ainda na Itália, a morte de seus pais e sua importância para a manutenção do poder dos Médici em Florença, além de toda sua importância na política da França.

Capa do livro Catarina de Médici, de Leonie Frieda

Capa do livro Catarina de Médici, de Leonie Frieda

Filmes

Eventualmente, se preferir filmes, a atriz Megan Follows interpreta muito bem a rainha Catarina na série americana Reign, que mostra a história de Mary Stuart, Rainha da Escócia, no tempo em que foi casada com o príncipe Francis, filho de Catarina (disponível na Netflix).

Mary é a protagonista, mas na minha opinião, Catarina é a melhor personagem da série. Embora tenha sido apresentada como super influenciada pelo seu astrólogo Nostradamus.

Megan Follows, como Catarina de Médici em Reign

Megan Follows, como Catarina de Médici em Reign

Mas há também o filme de 1994, A Rainha Margot, com direção de Patrice Chéreau, que retrata também os horrores da Noite de São Bartolomeu, um massacre de protestantes supostamente ordenado por Catarina de Médici.

Agora vamos à vida real, conhecer os lugares que Catarina frequentou no Vale do Loire.

A Rainha Catarina de Médici no Vale do Loire

Mapa do roteiro 5 dias pelo Vale do Loire

Antes de tudo, se pretende viajar à França, deixo aqui meu roteiro de 5 dias pelo Vale do Loire, onde Catarina de Médici viveu boa parte de seus gloriosos dias.

Visitei em 2015 esta magnífica região, conhecida como os jardins da França, que se estende por 280 Km de extensão ao longo do Rio Loire.

Definitivamente percorrer seus principais castelos é missão de difícil escolha, há centenas de belas propriedades abertas à visitação.

Abaixo a sugestão de passeios, visitando no máximo dois castelos por dia.

Mas não aconselho visitar muito mais numa mesma viagem, já que uma maratona de castelos e suas escadas, enjoa e vai exigir muito esforço físico.

5 DIAS NO VALE DO LOIRE

DIA 1 –  EXPLORE TOURS

Tours, é uma cidade universitária, com um centro histórico medieval, mas grande o suficiente para te dar opções de hospedagens, locações, restaurantes e lojas (tem uma Galerie Lafayette). Foi a nossa base nestes cinco dias.

Todos os dias, após visitarmos os castelos voltávamos à cidade para aproveitar as opções de restaurantes e celebrar o final do longo dia com uma taça de rosé na praça medieval.

Praça Plumereau, coração da parte medieval de Tours

Em Tours, todos os anos acontece a feira Vitiloire, onde produtores de vinhos da região expõem os resultados de suas produções. Oportunidade única para degustar os excelentes vinhos do Loire.

Visitei a Vitiloire em maio de 2015 e lá pude aproveitar os dois dias de feira pagando 5 euros (vale ingresso e uma taça para degustar os vinhos durante todos os dias da feira!).

Mas prepare-se, o ideal é hospedar-se próximo à feira para degustar com tranquilidade as delícias locais. Veja no final deste post uma dica de hotel na rua onde a feira acontece.

Centro de Tours, França

DIA 2 – VISITE AMBOISE E CHENONCEAU

AMBOISE

Château de Amboise

Château de Amboise

Alugue um carro em Tours e comece por estes dois importantes castelos, relativamente próximos.

Amboise foi a principal citadela dos Turones, povo celta cujo nome deu origem ao que mais tarde seria a província de Touraine.

Na renascença, a Coroa francesa transformou o castelo em um palácio real, que tinha como missão garantir a segurança da família real. No Château de Amboise residiram ou se hospedaram todos os reis das dinastias Valois e Bourbon.

Mas na ausência do rei e da rainha, transformava-se em jardim da infância  dos soberanos franceses. Ali foram criados os filhos de Henri II e Catarina de Médici.

Além disso, aproveite também para passear nas ruas da cidade que oferece boas opções de almoço.

Mas lembre-se, os franceses costumam respeitar os horários das refeições. Se decidir almoçar após as 14:00, a maioria das cozinhas já terá encerrado o serviço.

Cidade de Amboise, vista do castelo

Cidade de Amboise, vista do castelo

Leonardo da Vinci em Amboise

No Chatêau de Amboise também encontramos a Capela de São Humberto, onde está o túmulo de Leonardo Da Vinci, o grande mestre italiano que fazia parte do círculo de pessoas mais próximas do Rei François I.

Túmulo de Leonardo da Vinci, na Capela São Humberto, em Amboise

Túmulo de Leonardo da Vinci, na Capela São Humberto, em Amboise

Leonardo da Vinci chegou à Amboise em 1516 e o soberano o nomeou como Primeiro Pintor, Engenheiro e Arquiteto do Rei, colocando à sua disposição o castelo Clos Lucé, bem perto dali e aberto à visitação.

Dizem as más línguas que havia uma passagem subterrânea ligando-o aos aposentos do rei.

Visite o site oficial do Château d’Amboise para ver horários e preços de ingressos.

E no próximo destino a rainha Catarina estará ainda mais presente.

CHENONCEAU

Château de Chenonceau

Em seguida, visitamos o belíssimo Château de Chenonceau, o castelo das damas, às margens do Rio Cher, onde mais encontramos a presença de Catarina de Médici no Vale do Loire.

Construído no século XVI sobre os pilares de um antigo moinho fortificado, aqui veremos mais de perto os ambientes ocupados pela rainha Catarina. Quartos, gabinete de trabalho, tudo muito bem preservado e também sua influência na transformação do castelo.

Mas o rei Henrique II, marido de Catarina, ofereceu este castelo à sua favorita Diane de Poitiers em 1547. Além de um belo jardim, Diane mandou construir a ponte sobre o rio Cher.

Assim que o rei morreu, Catarina desalojou Diane e mandou construir sobre a ponte uma galeria de dois andares, que serviu como hospital durante a Primeira Guerra Mundial.

Há uma exposição no local contando sobre este episódio mais recente da história de Chenonceau.

Jardins do castelo de Chenonceau

Jardins do castelo de Chenonceau

Os belíssimos ambientes, jardins, horta, galerias, todos decorados e muito bem preservados, dão à este castelo uma atmosfera especial.

Quem acompanhou a série Reign, lembrará muito bem da relação de ciúme da rainha com a rival. Em Chenonceau encontramos o jardim de Catarina de Médici à direita e à esquerda o de Diane de Poitiers.

Mas na minha opinião, se estiver com tempo para visitar apenas um castelo no Vale do Loire, escolha Chenonceau.

E conheça também a história de outras mulheres que o ocuparam e o transformaram no castelo das damas.

Jardins de Diane de Poitiers, em Chenonceau

Jardins de Diane de Poitiers, em Chenonceau

Há estacionamento e um café/restaurante no local. Não lembro nada sobre as opções de comida, mas como não almoçamos em Amboise, optamos por um lanche rápido antes da visitação.

Visite o site oficial do Château de Chenonceau para ver horários e valores de ingresso.

DIA 3- VISITE CHAMBORD E BLOIS

CHAMBORD

Château de Chambord

Château de Chambord

Daria para se passar o dia todo nos domínios de Chambord.  A propriedade, dentro de um parque de 5.440 hectares, oferece muitas atividades.

Sonho do rei François I que utilizava o local para caçar, de arquitetura inspirada por Leonardo da Vinci, o Château de Chambord é belo e grandioso.

Suba até o terraço para admirar de perto as belíssimas colunas e a vista de imensa propriedade.

Castelo de Chambord

Castelo de Chambord

Além da visita ao interior do castelo, há várias atividades no exterior: passeio de barco pelo canal, de 4X4 pela floresta, trilhas de bike, caminhada ou visita à igreja de São Louis de Chambord.

Entrada do Castelo de Chambord

Entrada do Castelo de Chambord

Mas o castelo, que inspirou o do filme A Bela e a Fera, possui apenas alguns de seus ambientes decorados, como por exemplo, os aposentos do Rei Sol, Louis XIV.

Porém, em outros ambientes, há diversas exposições de arte e até de carruagens.

As escadas internas do castelo(dupla em espiral) também já foram cenário de filme.

Escadas internas do Château de Chambord

Escadas internas do Château de Chambord

Visite o site oficial do Château de Chambord para ver horários e valores de ingresso.

E antes de seguimos ao próximo castelo, uma parada para o almoço. Há poucas opções para um lanche do lado de fora de Chambord, mas lá comemos um delicioso croque madame.

BLOIS

Pátio interno do Château de Blois

Pátio interno do Château de Blois

Seguimos para o Castelo de Blois e pelo adiantado da hora partimos direto para o castelo, sem tempo de explorarmos a pequena cidade.

O Castelo Real de Blois reúne, em um mesmo pátio, quatro alas de épocas e estilos diferentes: gótico, renascimento, flamejante e clássico.

Château Real de Blois - pátio interno

Château Real de Blois – pátio interno

Aqui voltamos a ter contato com os ambientes utilizados por Catarina de Médici no Vale do Loire. Os Valois utilizaram muito este castelo.

Em Blois encontramos o quarto onde a rainha Catarina de Médici teria morrido em 5 de janeiro de 1589. Vemos também o local onde o Duque de Guise teria sido assassinado em 23 de dezembro de 1588.

Em Blois vemos um dos quartos de Catarina de Medici no Vale do Loire

Em Blois vemos um dos quartos de Catarina de Medici no Vale do Loire

E se você acompanhou a série Reign, além do quarto de Catarina de Médici, encontrará também os quartos habitados por Francis e Mary Stuart já que também viveram no castelo.

Visite o site oficial do Château Royal de Blois para ver horários e preços de ingresso.

E tem trono? Tem. Pode sentar? Sei lá…

Sala do trono no Château de Blois

Sala do trono no Château de Blois

DIA 4 –  VISITE VILLANDRY

Neste dia visitamos apenas um castelo pela manhã para aproveitarmos a feira de vinhos na porta de nosso hotel.

Fiz o possível para coincidir nossa viagem com a época da feira(maio/2015). Já que degustações de vinhos e comidas típicas de produtores locais são imperdíveis.

Se este não for o seu caso, poderá também incluir neste dia a visita à Langeais, que menciono logo abaixo, no quinto dia.

O Château de Villandry é uma propriedade particular aberta à visitação, com um dos jardins mais espetaculares que já vi.

VILLANDRY

Château de Villandry

Château de Villandry

Construído por volta de 1536 por Jean le Breton, passou por diversos proprietários e modificações até ser adquirido em 1906 por Joaquim Carvalho. Este espanhol se dedicou a restaurá-lo e a pesquisar sobre os mais belos jardins da França, criando as belezas que podemos observar.

Assim, em Villandry há jardins de diversas inspirações: italiana, inglesa, medieval.

Há o jardim decorativo, do sol, da água, o simples, os bosques, a horta e até um labirinto.

Contudo, dizem que o momento ideal para observar o castelo e seus jardins em todo seu esplendor é duas horas antes do pôr-do-sol. Se você ama jardins, não perca.

Jardins do Château de Villandry

Jardins do Château de Villandry

Já no interior do castelo, logo se percebe a diferença em relação à decoração de Chenonceau por exemplo, talvez devido às mudanças ocorridas em Villandry em anos mais recentes.

Um dos quartos do castelo de Villandry

Visite o site oficial do Château et Jardins de Villandry para ver horários e valores de ingresso. Há possibilidade de visitar apenas os jardins.

Ao sair de Villandry e de volta à Tours, nos dedicamos a conhecer os vinhos locais na feira Vitiloire. Mas por razões óbvias, esqueci de fotografar.

DIA 5 – VISITE LANGEAIS

Ainda que você já esteja cansado de visitar castelos, visite Langeais. Neste dia visitamos apenas este castelo, para aproveitamos o resto da tarde em Tours.

Seguimos logo cedo para a cidade medieval de Langeais, ainda pouco conhecida entre os brasileiros.

Langeais

Château de Langeais

Château de Langeais

O Chateau de Langeais, que na data de nossa visita estava com uma parte interditada para restauração, foi construído originalmente no século X. Já foi tomado por Ricardo, Coração de Leão, recuperado por Felipe II da França e destruído na Guerra dos Cem Anos. Luis XI ordenou sua reconstrução em 1465.

Cidade de Langeais, vista do Castelo

Cidade de Langeais, vista do Castelo

Optei por visitar o castelo de Langeais pois há uma exposição recontando o casamento do rei francês Charles VIII com Anne de Bretagne em 1491, fato que originou o fim da independência da Bretanha, anexando-a à França.

Contudo, o mobiliário atual mostra o ambiente de uma casa senhorial do fim da Idade Média.  A sala principal, a mesa de jantar, tudo estava decorado como se estivéssemos no dia do casamento. Havia também os quinze personagens que presenciaram a cerimônia, perfeitamente retratados em cera nos tamanhos supostamente originais.

Exposição sobre o casamento de Charles VIII e Anne de Bretagne, em Langeais

Exposição sobre o casamento de Charles VIII e Anne de Bretagne, em Langeais

Por fim, atrás do jardim do castelo há um parque para caminhadas com belas vistas da cidade.

Visite o site oficial do Château et parc de Langeais para saber mais sobre horários e ingressos.

5 DICAS PRÁTICAS PARA SUA VIAGEM AO VALE DO LOIRE

1 – Escolha bem sua base

A princípio optei pela cidade Tours como base para minha hospedagem, cidade relativamente grande e com boas opções de restaurantes e hospedagens. Eu fiquei no hotel Oceania, muito bem localizado e próximo à estação do TGV, dá para ir a pé.

Mas a cidade de Amboise também poderá ser uma boa escolha.

2 – Vá de trem

Se estiver em Paris, vá de trem até Tours e alugue um carro na cidade para visitar os castelos. O trem de alta velocidade (TGV) que liga Paris à Tours sai da Gare(estação) Montparnasse e leva cerca de duas horas para percorrer os 280 km de distância e você não enfrentará o trânsito da região para sair de Paris.

Em se tratando de trens, de alta velocidade ou regionais, reserve seu ticket direto no site da operadora de trens francesa (SNCF) com antecedência de 90 a 60 dias, para garantir um melhor preço.

3 – Compre ingressos no local

Diferente das imensas filas que se encontra para visitar Versailles e que te obriga a comprar o ingresso pela internet, comprar as entradas para estes castelos no local é tranquilo. Coloque no orçamento de viagem de 8 a 12 euros por entrada.

Contudo, em alguns castelos há entradas só para os jardins ou visitação completa.  Há também o ingresso com audioguia em português(nem sempre) ou visitas guiadas em horários específicos (em inglês ou francês).

4 – Não queira visitar tudo num só dia

De antemão, programe-se para visitar no máximo dois castelos por dia. As propriedades são grandes, com muitas escadas e  distantes umas das outras.  Mais que isto, no segundo dia, você não vai mais aguentar ouvir falar em castelos (é sério!).

5 – Visite a Vitiloire

Por fim, a feira de vinhos que mencionei acontece a cada dois anos na cidade de Tours, consulte a programação no site da feira Vitiloire. Vale a pena pelas degustações, o ambiente descontraído e as conversas com os locais.

Acompanhe também outras viagens literárias que fizemos pela França, visitando regiões como a Bretanha e a Dordonha.

Comece pelo post: Fougères: seu castelo e circuito literário.

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Bon voyage!

Restaurantes na praça antiga de Tours

Restaurantes na praça antiga de Tours

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4 Comments

  1. Phillip 23 de novembro de 2019 at 12:22 AM

    Legal demais o teu post! Muito obrigado pelas infos, pelas fotos, curiosidades, dicas…
    Tudo muito precioso.

    • Vivian Ferreira 23 de novembro de 2019 at 4:43 PM

      Obrigada pela visita e palavras de incentivo!

  2. Bruno 14 de abril de 2020 at 9:21 PM

    Vivian, fui pesquisar sobre Catarina de Médici e encontrei o seu site. Adorei as dicas sobre as viagens, livros, filmes e séries.

    Parabéns pelo belíssimo trabalho!

    • Vivian Ferreira 20 de abril de 2020 at 9:39 AM

      Obrigada pela visita Bruno, espero ter ajudado na sua pesquisa. Abs

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